quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ALEGRIA: NOVA FAMÍLIA DE MARREQUINHOS

 

 

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Esta manhã consegui realizar um desejo antigo: abrir um jornal e achar em destaque uma notícia agradável:

Família de marrecos é recolhida em praça de Araçatuba

Ontem de manhã (4 de dezembro de 2013), uma marreca-cabocla e 11 filhotes saíram do ninho, no topo de um coqueiro seco existente na Praça Olímpica, para um passeio, surpreendendo todos que ali se achavam. A família foi levada pela Polícia Ambiental até o rio Tietê e deixada solta por lá. O meu pezar foi ter ficado o macho, que acompanhou todo o acontecimento, chamando pela fêmea e pelos filhotes, e que permaneceu sobre o coqueiro.

(Notícia e foto publicadas pelo jornal FOLHA DA REGIÃO de 5 de dezembro 2013)

sábado, 30 de novembro de 2013

SAMICO, O MESTRE DA GRAVURA

 

 

 

O Brasil acaba de perder um dos seus mais importantes artistas plásticos, o gravurista Gilvan Samico.

Samico foi pintor, desenhista, professor e gravador, conhecido principalmente pelas xilogravuras. Integrou o Movimento Armorial, com Ariano Suassuna.

Nascido em Recife, o pai percebeu a aptidão do filho para a ilustração e o levou ao professor, pintor e arquiteto Hélio Feijó.

  O traço preciso, misturando luzes e texturas revelou-se logo no começo de sua carreira. Em 1957, 1958 e 1960 foi premiado no Salão de Pintura do Museu do Estado de Pernambuco.

Para aprimorar sua arte, Samico deixou o Recife e estudou xilogravura com Lívio Abramo, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e gravura, com Oswaldo Goeldi, na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. A influência de Goeldi é percebida no emprego de atmosferas noturnas, um número reduzido de traços, e no uso muito preciso da cor.

O romanceiro popular nordestino marcou a obra de Samico, trazendo para suas gravuras personagens bíblicos, lendas e narrativas locais, animais fantásticos e míticos, como serpentes e dragões, sempre com um toque de cor nas xilogravuras

Paralelamente à inovação temática, Samico passa a utilizar o branco com muita força expressiva. A profundidade é pouco usada em suas obras, que enfatizam a bidimensionalidade, sendo as figuras representadas como signos.

 

Foto: Lais Telles/Esp. DP/D.A Press/Arquivo

 

 A xilogravura “Suzana no Banho”, de 1966, apresenta características formais que se tornam constantes na obra de Samico: a simetria e a divisão geométrica do espaço.

 

 

 

Nas décadas de 1980 e 1990, Gilvan Samico dedica-se mais demoradamente à realização de cada gravura,  até encontrar a textura ideal para cada assunto tratado, produzindo uma matriz por ano.  Nos trabalhos recentes simplifica a estrutura e a própria trama linear, acrescentando motivos originários da arquitetura: arcos, rosáceas e molduras.

A obra A Espada e o Dragão, 2000, por exemplo, apresenta uma técnica apurada e um uso muito criterioso da cor.  

 

A Espada e o Dragão, 2000

 

  A Bela e a Fera, 1996

 

Homem e Cavalo

 

A Luta dos Anjos 

 

http://www2.uol.com.br/JC/_ne10/foto/AB-samico470.jpg

  O Diálogo

 

Foto da capa

  A Criação: Homem e Mulher

  Foto: O Senhor do Dia

O Senhor do Dia

 

A chave de ouro do reino vai-não-volta, 1969

 

 Capa do LP do Quinteto Armorial

 

A Criação: Pássaros e Peixes 

 

A Fonte 

 

 O Fruto Amargo ou A Ilha do Sonho

 

 Júlia e a Chuva de Prata

 

 A Dama da Noite

 

 A Pesca

 

 O Sol a Lua e as Estrelas

 

A Conquista do Fogo e do Grão 

 

 A Ilha

 

 Três Mulheres e a Lua

 

A Tentação de Santo Antônio

 

A Caça, 2004

Samico inspirou-se em temas populares, como nesta gravura de 2004, A Caça, motivada pela história de um esquimó, lenda contada pelo uruguaio Eduardo Galeano.

Por duas vezes Samico participou  da Bienal de Veneza , tendo sido premiado  numa delas, e duas de suas obras fazem parte do acervo do MOMA de Nova York.

 

(Pesquisa realizada na Internet e nos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ESCULTURAS EM PAPEL DE MAUD VANTOURS

 

Maud Vantours, artista contemporâneo que vive em Paris, possui um grande talento para criar belíssimas esculturas com camadas multicoloridas de papel. 

A combinação de cores, motivos originais com flores, formas oníricas, a sensação de relevo, tudo nessas esculturas nos surpreende. Encantada com seu trabalho, selecionei algumas de suas obras para apresentar neste blog.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A EXPOSIÇÃO DE WILLIAM KENTRIDGE : FORTUNA EM SÃO PAULO NA PINACOTECA

 

 

 

As obras do renomado artista sul-africano, William Kentridge, depois de terem sido exibidas no Instituto Moreira Sales, no Rio de Janeiro, e na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, podem ser agora apreciadas em São Paulo, na Pinacoteca, até 10 de novembro. Com 38 desenhos, 35 filmes e animações, 184 gravuras, 31 esculturas e duas vídeo instalações, a mostra inclui séries inéditas do artista.

 

 

 

 

Com curadoria de Lilian Tone, a exposição coloca em evidência o modo de criação pouco convencional do artista em seu estúdio, em Jonnesburgo. Lilian Tone ressalta que “os desenhos de Kentridge são feitos por um processo de sobreposição e apagamento de linhas e traços que vão sendo fotografados para que daí se obtenha sua animação. O resultado desses procedimentos não é um desenho animado tradicional, e nele surgem figuras feitas a carvão e pastel azul. Seu modo de desenhar possibilita continuidades hilariantes: um gato que se transforma em telefone, rostos que se fundem com a paisagem urbana, lágrimas que se tornam peixes, tesouras que se põem a marchar”.

 

 

Kentridge chama seu método de “cinema da idade da pedra”: ele filma quadro por quadro e, em vez de vários desenhos, usa apenas um, geralmente de carvão ou pastel, que vai modificando conforme filma. Apaga, adiciona, subtrai, acumula, redesenha. O método assim marcado por sucessivas mudanças e redefinições, não só se manifesta na percepção da obra como se incorpora à imagem. Na sequência dos desenhos, marcas brutas tornam-se linhas elegantes, que se transformam, com fluidez, em outras imagens. “Meu processo criativo é uma mistura entre uma ideia e os materiais que tenho em mão, como o carvão ou filme ou os efeitos de rasura. É sempre uma conversa entre a mídia e o pensamento”, explica o artista.

 

Os dez filmes da série Drawings for Projections são destaque - William Kentridge/Divulgação

 

 

 

Mais do que apenas o espaço de trabalho, dentro de sua obra o estúdio assume a função de palco, de mise-en-scène e de sujeito, sendo parte de vários trabalhos que estarão na exposição. “O estúdio é um personagem central na prática de Kentridge, um espaço de invenção onde o artista parece quase organicamente incorporado. É um lugar continuamente reanimado por manifestações, uma mistura de linguagens e alegorias que envolvem os diferentes gêneros de seu trabalho”, completa Lilian Tone.

 

 

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A noção de “fortuna”, princípio guiador do processo artístico de Kentridge, e presente no título da exposição, traz o sentido de acaso, de destino, de devir. Segundo o próprio artista, “fortuna é um termo geral que utilizo para essa gama de agenciamentos, algo diverso da fria probabilidade estatística, no entanto fora do âmbito do controle racional”. Fortuna refere-se a uma condição do trabalho artístico em estado constante de construção, a um sentido de descoberta, menos do que invenção, à celebração da excentricidade, mas não em detrimento do engajamento político.

 

 

 

A série de curtas-metragens “Drawings for Projection” deu visibilidade internacional a Kentridge. Segundo o artista, ela é o alicerce de sua produção. Iniciada em 1989, a série possui 10 filmes que são mostrados pela primeira vez em conjunto, acompanhados por 23 desenhos do sul-africano.

 

 

  Como parte de uma apresentação especial, a Pinacoteca inclui paralelamente a obra A Recusa do Tempo, concluída pelo artista no ano passado e ainda inédita no Brasil. Trata-se de uma grande instalação com 5 canais de vídeos incluindo um complexo panorama de som que ocupará toda a área do Octógono. A obra inclui 4 megafones de aço e o que o artista chama de ‘elefante’, uma máquina-objeto concebido pelo artista que parece respirar. A duração do ciclo é de 28 minutos.

 

 

 

 

Entre os destaques da mostra está uma intervenção no livro ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, de Machado de Assis. Kentridge fez uma animação sobre as páginas do livro, à qual chamou de ‘De como não fui ministro d’Estado’. O sul-africano explica a escolha da obra literária: ele a ganhou de presente há décadas e ficou impressionado com o que leu. “Eu pensei em como este homem consegue, em outro continente, no Brasil e não na África do Sul, ter uma sensibilidade que é tão familiar a mim”.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A mostra fica em cartaz até 10 de novembro e pode ser visitada de terças a domingos, das 10h às 18h, com ingressos de até R$ 6, e às quintas, das 10h às 22h, com entrada Catraca Livre das 18h às 22h. Sábados das 11h às 15h.

Pinacoteca do Estado de São Paulo – Pça. da Luz, 2 – Bom Retiro – Centro – SP

Para mais informações:
http://www.pinacoteca.org.br/
Contato: (11) 3324-1000

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

CONCERTO DA OSESP ONLINE

 

Morar em Araçatuba, a mais de 500 km de São Paulo, torna difícil assistir os concertos apresentados na belíssima Sala de São Paulo, e nos deixa, por vezes frustrados, nós que gostamos tanto de música.

A Internet tem nos proporcionado a oportunidade dos concertos online, com algumas vantagens: não importa estarem os ingressos esgotados; despreocupação com transporte e estacionamento; chuva e frio não nos incomodam, nos acomodamos confortavelmente no nosso cantinho; e mais importante de tudo: vemos a execução da música.

Ontem foi uma noite de programa excepcional, sob a regência de Marin Alsop, com a muito esperada apresentação de Nelson Freire executando o Concerto nº 2 de Chopin.

As mãos de Nelson Freire deslizando pelo piano pareciam ter vida própria e me deixaram enlevada: borboletas que bailavam ao som da melodia maravilhosa, flores flutuando na brisa, folhas secas levadas pelo vento, pássaros em voo amoroso, carícias de mãos delicadas e gestos decididos se alternando. Só pude apreciar tudo isto pela transmissão da Internet e valeu!

Para encerrar esta noite prazerosa tivemos a Sinfonia nº 1 de Mahler que a todos agradou muito.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PRENÚNCIOS DE PRIMAVERA

 

Os dias mais amenos deste outono trouxeram

temperatura agradável para nossas plantas

e elas, agradecidas, nos apresentam flores

coloridas em profusão, brindando-nos com

sua beleza e perfume.

 

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Hibiscos colhidos em meu jardim.

 

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Acompanho sempre com atenção o desenvolvimento

destas plantas, protegendo-as das pragas a que estão sujeitas.

 

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Este é o novo hibisco que empresta seu lindo amarelo a minha já

bem colorida coleção.

 

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Meu encanto é completado pelas mini roseiras, sempre floridas.

 

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Este um prazer renovado, a toda manhã, e pelo qual me sinto muito

agradecida.